quarta-feira, 6 de maio de 2009

Na terra das sibilantes

Um manto de estrelas no céu iluminava a escuridão de granito da aldeia. O javali, a coruja, o cuco tomavam parte no cântico que acompanhava a madrugada à aurora.
De noite as vozes da floresta, de dia o silêncio das pedras dos mosteiros perdidos. Almas profanas e sagradas moraram ali... Quantos Baltazares lá terão deixado pedaços de si e quantas Blimundas terão velado o seu desaparecimento...
O meu corpo regressou, dengoso, após longos banhos públicos nas águas quentes e doces do rio. Dizem que quando viajamos o nosso espírito demora mais tempo a voltar... só xegou hoje da Galiza!


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