sexta-feira, 24 de maio de 2013

O meu tempo na (em) casa

Vivi nesta casa com os meus medos, frustrações,  com a minha Angústias. Com ela procurei no meu baú as recordações tatuadas a sangue interior, que pulsou sem encontrar um orifício de saída. Quis identificação, distância, aconchego, solidão. Ambicionei trazer dentro de mim a mágoa de ser mulher, com todas as batalhas ainda não travadas daquela época. 
O meu tempo na (em) casa foi um estender de laços fortes, quebráveis, bordados pelas mãos das irmãs encarceradas em sonhos, para lá das paredes brancas. Foram noites lindas, de ser outras, que ao cair a luz me devolvem àquela que conheço melhor.