Os poemas foram os seguintes:
Clã das cicatrizes
Esta foi pelas palavras
doces da carta
amargas da voz
pela escuridão do roupeiro.
Outra pelas histórias das fadas
não serem de carne e ossos
pelo feijoeiro que nunca cresceu.
Grande
o rasgão do combate
entre o desejo e a fome
a inocência e o humano demais:
rasgão de sangue
que coloria o meu silêncio.
Pela mutilação
das mãos de prata
-mudas e quietas-
guardiãs de uma morte longa
Estas pequenas
muitas, muitas
fortes pela permanência:
dia-a-dia nos meus ouvidos
chicotes dentro de mim.
No final...que magnífico ficou!
Este capote de cicatrizes,
feridas fechadas
e outras em aberto
Presentes, inofensivas
lambidas pela saliva mãe
erguida nas quatro patas.
Rio de Janeiro, Janeiro 2003
A constância
As tuas mãos
firmes
dispostas numa fileira
de pedidos
descomprometidos
E tu,
entreabrindo-te numa raiva
pausada
-distraída –
cobriste de palavras
- apenas palavras -
a página inicial
das tuas memórias
pequenas
- magnânimas -
como a distância
que nos une.
2 comentários:
olá gi!!
adorei o blog! se quiseres, dá uma vista de olhos no meu: all-der-krach.blogspot.com
algumas coisas são em alemão mas a maioria dos posts feitos em port.
e tb está aínda em fase mt inicial, claro eatá...
beijocas
ps. 24 de abril estreia a peça do teatro de letras em k tou a participar! mas mais tarde falamos!
Olá! Já te enviei um mail (atenção não é spam) Parabéns pelo convite da editorial brasileira!!! Eu quero um livro! Beijos
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