As pernas ainda tremem
mesmo confortáveis
longas
sem sapatinhos de verniz
Elas guardaram a memória
daquele tempo perdido
onde os pratos voavam
e os cinzeiros tinham
rosas infantis na neve
Elas ouvem ainda
as palavras atiradas
à parede
o silêncio
naquele fumo
pleno de paixão
Por isso tremem as pernas
outrora de menina
sem sexo ou nexo
Sem agulha tatuadas
registos do nosso sangue comum.
mesmo confortáveis
longas
sem sapatinhos de verniz
Elas guardaram a memória
daquele tempo perdido
onde os pratos voavam
e os cinzeiros tinham
rosas infantis na neve
Elas ouvem ainda
as palavras atiradas
à parede
o silêncio
naquele fumo
pleno de paixão
Por isso tremem as pernas
outrora de menina
sem sexo ou nexo
Sem agulha tatuadas
registos do nosso sangue comum.
Virgínia Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário