
Foi no dia das galerias de Miguel Bombarda que eu vi esta exposição que me deixou sem fôlego e com olhos turvos. Por mim, por quem me acompanhava, pelas palavras que invadiam as telas e nos ficavam no coração. São pinturas que acompanham cartas (ou cartas a acompanhar pinturas?) puras e cheias de tudo aquilo que podemos escrever quando a solidão e a morte se sentam à nossa mesa e velam o nosso sono desperto. São cartas de amor, de saudade, de coragem forçada que voaram entre Portugal e África numa época de idílio e martírio. Cartas dessa guerra que me trouxe um pai sempre com uma ausência na alma, ainda que cheio de sorrisos e doçura. Fantasmas que marcaram o nosso passado e ainda vivem entre nós...
Para ver e sentir: www.manuelbotelho.com
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